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É nesse clima, que nós do blog decidimos ir atrás do primeiro e único caso de impeachment da América Latina que ocorreu em 1992, aqui no Brasil com o ex-presidente Fernando Collor de Melo. Mas como isso aconteceu?
Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente após um longo período em que as pessoas não elegiam o presidente, durante a Ditadura Militar. Em sua campanha eleitoral, ele se colocava como um homem viril, descentralizador e "caçador de marajás", o único capaz de combater a corrupção e acabar com a crise que assolava o Brasil na década de 90.
Logo após assumir o poder ao derrotar Lula, Collor estabeleceu o "Plano Collor", que congelou a poupança. A inflação foi reduzida, mas a crise apenas se agravou, fazendo empresas demitirem e até pedirem falência. A situação se agravou quando em 13 de maio de 1992, o irmão de Collor, Pedro Collor, denunciou um esquema de corrupção e o uso de empresas fantasmas e tráfico de influencia dentro do governo. Gastos da casa oficial do presidente, conhecida como casa da Dinda, foram pagas com dinheiro público. Ele também acusou o então tesoureiro do presidente, PC Farias, como um dos responsáveis pelo esquema. O plano desviou mais de um bilhão de dólares.
Poucos meses depois, após mais detalhes do esquemas irem a público, jovens começaram a protestar nos principais centros do país. Em pouco tempo as marchas ganharam adeptos e teve suas exigências estabelecidas, entre elas o impedimento de Fernando Collor. Os jovens que protestavam ficaram conhecidos como "cara pintadas" por pintarem as cores da bandeira nacional em seus rostos.
Em 1993, Collor renunciou, mas isso não evitou que o processo fosse continuasse. Com 441 a favor e 38 contra, o presidente sofreu Impeachment e ficou inelegível por 8 anos. Assumiu em seu lugar o vice, Itamar Franco.
Fonte: www.wikipedia.com.br
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