Antes de começar, temos que explicar a parte mais complexa. Essa revolução se dividiu em 3 episódios diferentes, em um 1905 e os outros dois em 1917. Daria quase para colocá-las como dois acontecimentos separados, mas no final, uma irá acabar completando a outra.
Os primeiros grandes eventos dessa revolução vão começar em 1905, mas o que levou às primeiras revoltas começou um pouco antes. A Rússia na época viva uma crise em seu governo. O Czar Nicolau II era incapaz de estabelecer a ordem no país, variando a forma como conduzia a nação, ora muito liberal, ora muito repressor. Essa falta de comando e de decisão por parte do imperador só piorou a situação da já impopular nobreza russa (O antigo imperador, Alexandre III havia sido morto em um atentado) e fez aumentar a pressão pelo fim da monarquia. Intelectuais, em sua maioria, socialistas, viam o Czar e sua família como um mal para o país. A crise piorou quando em 1904 a Rússia entrou na guerra Russo-Japonesa e acabou perdendo. A guerra, juntamente com a crise política e econômica fez com que vários protestantes fossem as ruas.
Os protestos foram violentamente reprimidos pelas forças do Czar, no que ficou conhecido como domingo sangrento. Dezenas de protestantes perderam a vida, mas a revolta funcionou. Nicolau aceitou criar um parlamento (chamado de Duma na Rússia), mas ele tinha o poder de dissolvê-lo (isso significa que caso muitos opositores ao seu reinado fossem eleitos ele podia fechar a Duma e convocar novas eleições).
A situação da Rússia só piorou de 1905 em diante. Houve ainda a entrada do país na I Guerra Mundial em 1914, o que destruiu de vez a já debilitada economia do país. Os bolcheviques, ala mais radical e popular do partido socialista, queriam a imediata saída da Rússia, coisa na qual o Czar não atendeu.
Lenin discursando em 1917 fonte: www.wikipedia.com |
em 1917 a situação da Rússia era tão alarmante, que a única saída do Czar foi abdicar do trono em março daquele ano. Os mencheviques foram os responsáveis por cobrir o vácuo de poder deixado pela renúncia de Nicolau II. Apesar de serem socialistas assim como os bolcheviques, os mecheviques tinham como visão um processo mais lento de transição para o comunismo e tinham como base eleitoral uma classe mais abastada. Porém o fator mais diferenciava as duas alas era continuar ou não na guerra. A pressão por parte dos bolcheviques para um cessar fogo não funcionou, o que obrigou os líderes da ala rebelde a convocar camponeses e operários a tomar o poder.
O golpe tirou os líderes mecheviques do poder, mas houve retaliação, iniciando assim a Guerra Civil Russa, vencida pelos bolcheviques liderados por Lenin. Após o fim da guerra, quatro anos mais tarde, a economia russa era de apenas um quinto em relação ao valor de 1913. Era hora de recontruir um país, e Lenin e mais tarde Stalin seriam os responsáveis por isso.
A vitória dos bolcheviques foi vital para a criação de um estado mais ditatorial e opressor. O fervor dos socialistas em acabar com tudo aquilo que era capitalista ou burguês tornou a futura União Soviética em um estado isolado e altamente repressor de direitos individuais e civis. Apesar de incríveis façanhas em campos como ciências e esporte (como lançar o primeiro satélite, o Sputink, e o primeiro homem, Yuri Gagarin, ao espaço) o país sofria para oferecer o básico ao seu povo. O sonho daqueles de uma sociedade comunista perfeita se desfez em 1991 com a ruptura da URSS e a consequente vitória americana (e capitalista) da Guerra-Fria.
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